Fonte: NPC
Está chegando o 8 de março, Dia Internacional da Mulher. Quando mencionamos a data, logo muitos pensam na história da greve de Nova Iorque de 1857, quando teriam morrido 129 operárias queimadas vivas. Essa é a versão repetida há décadas. Poucos falam sobre a origem socialista da data, que remonta ao início do século XX. No ano de 1910, após várias discussões sobre a liberdade da mulher e o direito ao voto, a 2ª Conferência Internacional das Mulheres Socialistas propõe a realização anual do Dia Internacional da Mulher. As mulheres reunidas na Conferência decidem que cabe a cada país escolher o melhor dia para as celebrações. A partir de então, nos países onde havia partidos socialistas as mulheres começaram a realizar atos para promover as bandeiras de lutas específicas das mulheres.
O 8 de Março viria a ser fixado como Dia Internacional da Mulher a partir de uma greve iniciada naquele dia no ano de 1917, na Rússia. No dia 23 de fevereiro no calendário russo explodiu uma greve espontânea das tecelãs e costureiras de Petrogrado. Essa manifestação foi o estopim da primeira fase da Revolução Russa. Em homenagem aquela greve as mulheres socialistas de vários países do mundo passaram a celebrar o Dia Internacional da Mulher no Dia 8 de Março. Como escreveu Alexandra Kollontai, membro do Comitê Central do Partido Operário Social Democrata Russo, “nesse dia as mulheres russas levantaram a tocha da revolução”.
Para lembrar essa história, pouco conhecida por mulheres e homens do país inteiro, o NPC relançou em 2012 uma Cartilha sobre os 101 anos do DIA DA MULHER, que custa R$ 5,00 cada. Ainda é possível adquirir alguns exemplares do material. Quem estiver interessado basta entrar em contato conosco pelo e-mail boletimnpc@uol.com.br, ou adquirir sua cartilha na Livraria Antonio Gramsci: Rua Alcindo Guanabara, 17, térreo, Cinelândia. Informações: (21)2220-5618 e 2220-4895.